Agência Volts Produções: Cinema Novo

Um cinema com mais realidade e menos custo: eis o cinema novo. O que Glauber queria era um cinema com a cara do Brasil e ficou marcado como a estética da pobreza. Tudo começa em 1952 com o I Congresso Paulista de Cinema Brasileiro e o I Congresso Nacional do Cinema Brasileiro, onde começaram a discutir os rumos do cinema brasileiro. Uma nova temática começa a ser abordada e se concretiza na década de 50. Essa nova fase pôde ser bem refletida a partir do filme Rio, 40 Graus(1955), de Nelson Pereira dos Santos. As propostas do neo-realismo italiano que Alex Viany vinha divulgando, foram a inspiração do autor do filme.

O que essa nova geração queria era algo simplório, sem alienação cultural, com filmes voltados para a realidade brasileira e linguagem adequada a situação social da época. Outra característica dos filmes durante o cinema novo é que eles tinham imagens com poucos movimentos, cenários simplórios e falas mais longas do que o habitual. Muitos ainda eram rodados em preto e branco.

Quem encabeçou o movimento foi Glauber Rocha, que é hoje considerado um dos mais brilhantes representantes do cinema político do mundo. Nasceu em Vitória da Conquista(BA), foi alfabetizado pela mãe e estudou na Faculdade de Direito da Bahia. Foi editor de revistas e suplementos culturais, o que o impulsionou a deixar a academia e seguir uma breve carreira jornalística. Ingressou no cinema em 1959 atuando como assistente de produção nas filmagens de Rio Zona Norte, de Nelson Pereira. Nunca mais parou. Foi exilado, recebeu severas críticas no Brasil, pelo cunho excessivamente político. Entre suas produções está Deus e o diabo na terra do sol, Terra em transe e O dragão da maldade contra o santo guerreiro (os dois últimos foram premiados em no festival de Cannes).

“Nosso cinema é novo porque o homem brasileiro é novo e a problemática no Brasil é nova e nossa luz é nova e por isso nossos filmes nascem diferentes dos cinemas da Europa”. -Glauber Rocha-

Principais nomes do Cinema Novo:

Cacá Diegues